sábado, 12 de maio de 2012

Coesão Textual (Exercícios)


1. (FGV/MinC / 2006) “Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de “Barracão dos Sonhos”, no qual se misturam ritmos afros e ibéricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, a estranha mistura dos ritmos...”

Desse tem, no texto, valor:

a) anafórico.
b) catafórico.
c) dêitico.
d) adverbial.
e) substantivo.



2. (FGV/MinC / 2006) “Foi comovente acompanhar o hasteamento das bandeiras por um senador da República, Tião Viana, pela presidente do Comitê Chico Mendes e pela Diretora de associação de moradores, sob as vozes do batuque das crianças do Som da Floresta. O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos, convidados e imprensa se misturavam para ouvir histórias, receber a bênção e acompanhar os brevíssimos discursos. Antes de começar a festa, os vizinhos já tinham tomado conta da Casa, na alegria deste sinal de vida nova... Esse exemplo de união pela cidadania deveria mover muitas vezes o poder público (...)”.

O pronome esse tem, no texto, valor:

a) díctico.
b) catafórico.
c) anafórico.
d) metafórico.
e) resumitivo.




TEXTO PARA A QUESTÃO 3

A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagüi-açu (...) não era sagüim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas. Os tamanduás os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em vez eram caminhões bondes autobondes anúncios-luminosos relógios faróis rádios motocicletas telefones gorjetas postes
chaminés... Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina! O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar.
Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
(...)
Macunaíma passou então uma semana sem comer nem brincar só maquinando nas brigas sem vitória dos filhos da mandioca com a Máquina. A Máquina era que matava os homens porém os homens é que mandavam na Máquina...
Constatou pasmo que os filhos da mandioca eram donos sem mistério e sem força da máquina sem mistério sem querer sem fastio, incapaz de explicar as infelicidades por si. Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos, Macunaíma concluiu: – Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate. (...)

(ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986.)

3.  (Uerj/2009 – Exame de Qualificação) Alguns vocábulos possuem a propriedade de retomar integralmente uma ideia já apresentada antes.

Essa propriedade é observada no vocábulo grifado em:

a) “Acordou com os berros da bicharia em baixo”
b) “Tomou-o um respeito cheio de inveja”
c) “Então resolveu ir brincar com a Máquina”
d) “Estava nostálgico assim.





GABARITO:

1. Resposta: A
2. Resposta: C
3. Resposta: D

(Organização - Tutora Luciana)