1. (FGV/MinC / 2006) “Lá,
alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de “Barracão dos Sonhos”,
no qual se misturam ritmos afros e ibéricos. Desse encontro
nasceu, por exemplo, a estranha mistura dos ritmos...”
Desse tem, no texto, valor:
a) anafórico.
b) catafórico.
c) dêitico.
d) adverbial.
e) substantivo.
2. (FGV/MinC / 2006) “Foi
comovente acompanhar o hasteamento das bandeiras por um senador da República,
Tião Viana, pela presidente do Comitê Chico Mendes e pela Diretora de
associação de moradores, sob as vozes do batuque das crianças do Som da
Floresta. O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos, convidados e imprensa
se misturavam para ouvir histórias, receber a bênção e acompanhar os
brevíssimos discursos. Antes de começar a festa, os vizinhos já tinham tomado
conta da Casa, na alegria deste sinal de vida nova... Esse
exemplo de união pela cidadania deveria mover muitas vezes o poder público
(...)”.
O pronome esse
tem, no texto, valor:
a) díctico.
b) catafórico.
c) anafórico.
d) metafórico.
e) resumitivo.
A
inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da
bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele
diacho de sagüi-açu (...) não era sagüim não, chamava elevador e era uma
máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas
sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas
apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se
chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas. Os
tamanduás os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em vez eram caminhões
bondes autobondes anúncios-luminosos relógios faróis rádios motocicletas
telefones gorjetas postes
chaminés... Eram máquinas e
tudo na cidade era só máquina! O herói aprendendo calado. De vez em quando
estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma
assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras
forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais
cantadeira que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar.
Então
resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da
mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses
era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém
não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os
distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se
mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens
aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
(...)
Macunaíma
passou então uma semana sem comer nem brincar só maquinando nas brigas sem
vitória dos filhos da mandioca com a Máquina. A Máquina era que matava os
homens porém os homens é que mandavam na Máquina...
Constatou pasmo que os filhos
da mandioca eram donos sem mistério e sem força da máquina sem mistério sem
querer sem fastio, incapaz de explicar as infelicidades por si. Estava
nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os
manos, Macunaíma concluiu: – Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem
ela ganha deles nesta luta. Há empate. (...)
(ANDRADE, Mário de. Macunaíma,
o herói sem nenhum caráter. Belo
Horizonte: Itatiaia, 1986.)
3. (Uerj/2009 – Exame de Qualificação)
Alguns vocábulos possuem a propriedade de retomar integralmente uma ideia
já apresentada antes.
Essa propriedade é observada no vocábulo grifado em:
a) “Acordou com os berros da bicharia lá em baixo”
b) “Tomou-o um respeito cheio de inveja”
c) “Então resolveu ir brincar com a Máquina”
d) “Estava nostálgico assim.
GABARITO:
1. Resposta: A
2. Resposta: C
3. Resposta: D
(Organização - Tutora Luciana)